Anestesiando meu pensamento.
Como criar algo sublime das minhas lágrimas?
Quando tenho dor em demasia
Para tornar em flores o meu sangue
Sou somente uma voz rouca demais para cantar
Um músico sem instrumento para tocar
Um poeta sem inspiração para criar
Pois nunca serei nada que valha a pena
O brilho nos olhos de alguém
E eu preferia não me olhar no espelho
Meu olhar expressa uma angústia que não quero notar
Sendo somente frustrações mundanas o que vivencio
E desejos banais fáceis de me apagar
Se eu me encontrar com a minha pessoa
Dentro de mim mesmo
Não haveria trégua
Para extinguir meu desapontamento.
Eu procuro a validação da palavra "amor"
Busco conciliar a minha guerra interna
Mas talvez eu seja mesmo uma cerveja barata
Não um vinho fino
Pequenos prazeres, pequenas anestesias
Vícios, me mantém na linha
Ignore a dor de acordar e caminhe rumo a mais
Um dia, pensando de forma positiva, banal