Versando a finitude...

Deitada na rede, em minha varanda
Cansada, contristada, ferida
Olho o infinito sem mais esperança
Sinto o fim dessa breve vida

Declamo meus versos retalhados
Como quem vive um breve passado
Num presente indiferente
Aguardando o futuro, descrente!

E meus versos vão fluindo doces
amargos, genuinos...
Conforme o que os inspira.
No coração, e na alma, transpira...

Embora essa vida conspira...
Trazendo tantos castigos
Meus versos são fiéis amigos
Sem eles, vida pira, pira...

Eles me adoçam nas amarguras
E me levam a balancear
O revestrés dessa amarga vida
Quase que chego a olvidar.






 
Erivaslucena
Enviado por Erivaslucena em 03/05/2022
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