Versando a finitude...
Deitada na rede, em minha varanda
Cansada, contristada, ferida
Olho o infinito sem mais esperança
Sinto o fim dessa breve vida
Declamo meus versos retalhados
Como quem vive um breve passado
Num presente indiferente
Aguardando o futuro, descrente!
E meus versos vão fluindo doces
amargos, genuinos...
Conforme o que os inspira.
No coração, e na alma, transpira...
Embora essa vida conspira...
Trazendo tantos castigos
Meus versos são fiéis amigos
Sem eles, vida pira, pira...
Eles me adoçam nas amarguras
E me levam a balancear
O revestrés dessa amarga vida
Quase que chego a olvidar.