Despedida
Não restaram esperanças
Uma última dança
A festa está acabada
Não restaram desejos
Nem mesmo segredos
Não sobrou mais nada
Não restou mais um sonho
Tão jovem sonhava
Para quê? Para nada!
Não restou mais sorrisos
O tempo perdido
De uma vida apagada
Não restaram amores
Nem mesmo as cores
Não encontro mais nada
Morreu de mim uma parte
Logo tão outra
Veja, nada sobrara!
Não me restam palavras
Minha voz tão calada
Deseja calar-se
Quando todas as vozes aspiram
Ouvidas serem
Ficarei calado
Escrevo como me despedisse
De um sonho que eu disse
Que eu acreditava
Mas sonhar é para os outros
Perco-me com o pouco
De sorte agora
De pelo menos escrever
Um adeus para os sonhos
Antes de ir embora
Nunca amores e sonhos
Utópicos e medonhos
Custaram tão caro
Pois, no passado sonhei
E depois que te amei
Larguei-me no passado