(Des) espero e (des) ilusão
(Amo) te,
Porém, nunca pude te amar,
(Fujo) “te”
Porque nunca pude, isso, contar.
Eu sentia o azul do céu...
Se tornar palpável.
Toda vez que fechava meus olhos
E via-me em seus braços!
“Apenas o vazio da ilusão”
Eu sentia as profundezas do oceano...
Encontrarem a superfície do mar,
Toda vez que me fitava
E me permitia sonhar.
“Apenas um sonho em meio à desilusão.”
Eu pude ver a escuridão do espaço,
Se tornar clara como o dia.
Toda vez que abria os olhos
E admirava-te enquanto sorria.
“Apenas o desespero tomado pela desrazão”
Eu podia ouvir o ressoar dos pássaros,
Enquanto os deuses tocavam lira,
Toda vez que escutava sua voz,
A mais bela melodia.
“Apenas o delírio vencendo a incerteza do coração”
Ao final,
Quando a razão venceu a loucura,
E a verdade surgiu crua e desnuda,
não sobrou mais nada no que se agarrar!
Não há mais poesia
Prosa ou rimas!
Não há mais flores, folhas ou árvores,
Não há lua, Sol ou estrelas,
Não há fauna ou flora,
Não há reis ou rainhas,
Não há principados,
Nem morte ou vida,
Dor ou alegria,
Tudo que existe,
Ou existiu,
Torna-se (des)ilusão!
O mundo é tomado pelo cinza,
E o coração do poeta,
Um lugar onde o amor,
Verdadeiramente,
Nunca existiu!
RS Schindler (Renan Souza) – 08/04/2022