Moise

Moise

Negras gargantas imploram,

Nossas consciências respinguem

A eterna areia!

Surra o taco com mãos irmãs acoitadas

Salga as carnes de mar e lágrimas

Desterradas de lá!

Vestes brancas imundas e sem alma,

Maculam ainda mais esse chão;

Que segue injusto, amaldiçoado

Fingindo paraíso que nega ser irmão,

Penou o avô, supliciou o pai, grita o filho

Chora a mais nova geração,

Desmemoriada cor

Com lágrimas esquece a dor que herdou.