E do teu riso
E do teu riso
fez se pranto
pois neste quebranto
a dor reina
e o amor existe
como dantes era a vida a pulsar
em cada estrada do amar.
E do teu riso
veio a tristeza
como a dolorida vida
em cada caminhar
seja na entrada ou na saída
do teu riso
não existe mais nada
nem os belos lábios de outrora
apenas dor
com demora.
E do teu riso
sim, do teu riso
não se tem nem um rabisco
daqueles desenhos da alma
apenas a dor
que desatina a doer
e que vai corroendo a vida
como um ácido
desta despedida.
E do teu riso
si, do teu riso
que dantes era o meu abrigo
já não existe mais nada
apenas a quimera alada
da alma dilacerada.
E do teu riso...