E do teu riso

E do teu riso

fez se pranto

pois neste quebranto

a dor reina

e o amor existe

como dantes era a vida a pulsar

em cada estrada do amar.

E do teu riso

veio a tristeza

como a dolorida vida

em cada caminhar

seja na entrada ou na saída

do teu riso

não existe mais nada

nem os belos lábios de outrora

apenas dor

com demora.

E do teu riso

sim, do teu riso

não se tem nem um rabisco

daqueles desenhos da alma

apenas a dor

que desatina a doer

e que vai corroendo a vida

como um ácido

desta despedida.

E do teu riso

si, do teu riso

que dantes era o meu abrigo

já não existe mais nada

apenas a quimera alada

da alma dilacerada.

E do teu riso...

Conde Diego O Poeta
Enviado por Conde Diego O Poeta em 30/12/2021
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