Ninguém sou eu

Eu abro os olhos, e não enxergo

Como no escuro de um quarto

Me olhando no espelho, ou pro nada

Mas o que é nada, se nada vejo?

Nada, é meu passado

Nada, é meu futuro

Nada, são meus sonhos

E ninguém, sou eu.

Se há caminho, não avisto

Se há destino, não arrisco

Se já é o fim, nada sei disto.