SEMÁFOROS
SEMÁFOROS
Semáforos aos montes
E não há um
Em que um pedinte não desponte
Perdidas esperanças
Velhos jovens crianças
Agigantando-se no esquecimento
De vidros erguidos
Numa terra de divididos
Considerados rebotalhos
Não conseguem trabalho
Invisíveis aos visíveis
Seguem imperceptíveis
Aos verdes e amarelos
Mostram-se nos vermelhos
De uma vergonha e sem compaixão
Que nos marca a mente e o coração
Até quando essa agressão
De portas fechadas
Que parece nunca se abrirão
Numa vida que prossegue
Cheia de mistificação
Daqueles que param a cada semáforo