"Atraiçoado"

Não suporto esta sua felicidade, bastarda!

Repugno este seu sorriso refletido em outra cara,

É-me anátema seu beijo umedecendo outros lábios.

Porque a cena insiste em não sair de cena.

Aí dói um tanto,

Você nem imagina o quanto.

É um corte que sangra sem parar.

Sempre que olho para o meu coração ferido,

As gotas ainda estão lá.

O mundo que construí, ruiu.

E só me resta agora a poesia, fantasias,

Etéreas, irreais, imaginárias, fugidias.

Paulo Peter Poeta

Paulo Bonfim Campos

XXIX/ VIII/ MMXVII