QUANDO FICO EM SILÊNCIO

Quando fico em silêncio,

não é porque não tenha que dizer

não é porque não saiba o que dizer

apenas prefiro ficar calada

para não ter que alimentar

aquilo que não gosto;

estupidez, briga.

Há perguntas

que não merecem resposta.

Há palavras

que não devem ser proferidas,

denunciam quem as profere,

revelando o seu caráter.

Quando fico em silêncio,

não me interrompas,

é o tempo que reservo para mim

Respeita o meu retiro,

é a minha privacidade.

Vê-me como um irmão

e não como um inimigo.

Vê-me como um irmão,

tanto nas conveniências

como nas inconveniências,

para isso,

mergulha dentro de ti,

ouve a tua voz,

não escutes a voz do ímpio,

até ao bater da bota

semeará confusão e discórdia.

Não confundas o meu silêncio

com aceitação ou moleza

com dormência mental,

apenas jogo um jogo diferente

e quando preciso de conselho,

não me dirijo a um leigo.

O leigo, muitas vezes

não aconselha com clareza

e imparcialidade,

é faccioso

deixa-se mover por jogadas

de interesses pessoais.

Corrupção, trafantana...

A vida, não é um tabuleiro de jogatana!

©Maria Dulce Leitao Reis

Direitos de Autor 17/01/21

Maria Dulce Leitão Reis
Enviado por Maria Dulce Leitão Reis em 17/01/2021
Código do texto: T7162015
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