Mortandade

Mortandade

Fecha teus olhos pra não ver

Vidas incontáveis perdidas

Lágrimas sofridas pelos teus amados

Que se vão sem qualquer despedidas

Pranteia toda tua dor te falta o chão

Pois o teu direito foi tirado

Do último adeus ninguém o velou

Corpos ao chão monstruosa situação

Países inteiros imobilizados

Aquele ser se calou

Não há mais esquife!

Nem tem mais chão!

Onde posso acomodar quem partiu

Deixando tristeza, solidão e dor

Enquanto tantos choram

Uns discutem o sexo dos anjos!

Outros ideologias a que lado pertencem

Esquecem que são humanos meros mortais

A mortandade assola o mundo!

Tem nome de pandemia

Dizima milhões e nem sentes minha dor

Fecha teus olhos tudo acontece lá fora

Longe da tua esbornia onde ostenta tua riqueza

Longe dos que sofrem a privação da felicidade

De cada ente querido que esse maldito vírus levou!

O mundo não chora nem ver sequer sente

À dor e o desespero de cada ser que ficou.

Ricardo do Lago Matos

Ricardo Matos
Enviado por Ricardo Matos em 22/09/2020
Código do texto: T7069665
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