Mortandade
Mortandade
Fecha teus olhos pra não ver
Vidas incontáveis perdidas
Lágrimas sofridas pelos teus amados
Que se vão sem qualquer despedidas
Pranteia toda tua dor te falta o chão
Pois o teu direito foi tirado
Do último adeus ninguém o velou
Corpos ao chão monstruosa situação
Países inteiros imobilizados
Aquele ser se calou
Não há mais esquife!
Nem tem mais chão!
Onde posso acomodar quem partiu
Deixando tristeza, solidão e dor
Enquanto tantos choram
Uns discutem o sexo dos anjos!
Outros ideologias a que lado pertencem
Esquecem que são humanos meros mortais
A mortandade assola o mundo!
Tem nome de pandemia
Dizima milhões e nem sentes minha dor
Fecha teus olhos tudo acontece lá fora
Longe da tua esbornia onde ostenta tua riqueza
Longe dos que sofrem a privação da felicidade
De cada ente querido que esse maldito vírus levou!
O mundo não chora nem ver sequer sente
À dor e o desespero de cada ser que ficou.
Ricardo do Lago Matos