Caos, Dentro de Mim

Havia uma mulher solta

Perambulando no caos

Engolindo a si mesma

Exausta de ser o suporte de sua alma

Clamou aos céus pelo juízo final

Da sua bolsa tirou um cigarro aliado

Já era fato que o fim chegaria

Em seu rosto as águas sagradas de suas lagrimas

E antes que o cigarro apagasse, o agradeceu pela companhia de sempre

Já era manhã, a terra em gestação matinal paria o sol

Corvos e penumbra seriam o cenário perfeito

Mas havia ali lindas borboletas e campos floridos cultuando a vida

Num deslize sentimental, quase voltou atrás

Mas não podia, não poderia, não

Subiu na boca do mais alto vulcão

Bela e fogosa

Observou as lavas redentoras

Mergulhou esperançosa

E foi queimada.

Cristian Telestai
Enviado por Cristian Telestai em 15/08/2020
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