Ao limite...
Ao limite…
Fui ao limite da dor e do desespero, olhei para o mundo e simplesmente chorei até não restar mais nenhuma lágrima, então agonizei as incertezas que a vida insiste em me trazer,
Cheguei ao limite aonde a dor angustiava e estremecia a minh'alma criando um vazio tão grande, mais tão grande que não me cabia dentro,
Então, pensei que tinha morrido, pois a poesia em mim foi silenciada e o meu sorriso simplesmente perdeu o brilho, ficou opaco e calou!
Então, escutei um som, era a marcha fúnebre que acompanhava o silêncio e andava de mãos dadas com a dor que corroía e dilacerava o meu coração,
Trazendo lembranças de fatos e acontecimentos que angustiava todo e qualquer inspiração que insistia em vir, então, me entreguei e fiquei sem forças...
Não aguentei tamanha agonia, parei, olhei e não vi mais nada, apenas uma neblina onde meus olhos cansados de chorar se fecharam e então adormeci para nunca mais acordar.
Mônica Albuquerque
14/agosto/2020