"Não toque em mim."
Foi como sem saber,
O tom me assustou
Não contive as lágrimas
Elas escoriam
Enquanto eu tentava entender
E na minha garganta um nó amargo
O silêncio!
Depois uma voz tão perto
Mas o esco soava distante
Tu tem um real?
Uma palavra forcei e não saiu...
Deslizei a mão, abri a caveta
De um súbito tirei e coloquei na bolsinha.
As lágrimas desciam quente
Queimando o meu rosto.
Meus olhos miravam o infinito
Porque tudo ali não era o mesmo
E nunca mais será.
Partes de mim se iam no vento
Molhado meu rosto, a palavra chegou
No meu coração!
"Não toque em mim."
As lágrimas desciam e desciam...
No silêncio falei com os olhos
E não fui ouvido...
E ela partiu.