Poesia Morta
Onde está a minha poesia?
Onde será que eu a esqueci?
Ou será que foi ela quem escolheu partir?
Já a procurei em todos os lugares dentro de mim
Sem poesia não sou nada
Vivo apenas como um vulto, uma alma penada
Que não assombra, mas é assombrada
Faz tempo que não a ouço
Que não a sinto
Que não a vivo
E diante disso só tenho um veredito
Talvez a minha poesia nunca tenha existido
Talvez ela tenha sido apenas uma criação
Um refúgio ilusório para as dores no meu coração
A minha poesia já não é mais escrita
Há muito tempo não é sentida
Muito menos vivida
A minha poesia está morta!