Infinito calvário
Longo és tu, fim de semana, como jamais te mostraste...
Não mais fugidio e breve.
Pesado fim de semana, como assim tu te tornaste?
E antes foste tão leve...
És cruel, fim de semana – de amável que tu me eras –
Como nunca achei que fosses!
Amargos fins de semana que, em tempos de quimeras,
Se apresentaram tão doces...
Tão negros fins de semana, que outrora se me mostraram
brilhantes de pura luz!...
Hoje, em calvários de tombos, machucam-me o peito, os ombros,
De tão pesada esta cruz!
Já que não trazes a morte
Que, com sua paz redentora, vem como libertadora
Em único e atroz momento...
No inferno que me remetes és mais algoz, pois repetes
Toda semana o tormento
Obras publicadas: www.lojasingular.com.br