Fala
Fala.
Tua voz ainda é tudo o que ouço.
Viver sem ti é o meu calabouço,
é a tortura cruel do açoite.
Fala.
Porque o que penso não faz mais sentido,
não imaginas o que tenho sofrido,
eu vejo o dia com o brilho da noite.
Fala.
O teu silêncio ainda desorienta
e não suporta o que a verdade sustenta,
quando a fraqueza me faz desabar.
Fala.
As tuas mágoas fluirão feito rios,
a solidão e os espaços vazios
existirão, mas em outro lugar...
01/12/2010.