O PESAR

O PESAR

A ninguém é dado julgar.

Também eu já aguardei passar

A hora da agonia e nem rubro fiquei.

Se tinha um anjo a me proteger, pensei,

Esqueceu de cauterizar-me a mente,

Onde a dor aguda só adormece, é latente

E depois reaparece, feito publicano

[O cobrador do império romano].

Escureceu que nem vi o tempo avesso,

Nem dei pela chuva, que só agora ouço

O seu intermitente, mas aqui é uma secura

E só lava a superfície, mas vou esperar

Pelo dia em que a lixiviação pura

Venha e lave todo pesar.

Macapá-AP, 13/09/2019.

(S.C. Ribeiro Torquato)

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2019-09-13 - 22:19:05

Saulo C Ribeiro Torquato
Enviado por Saulo C Ribeiro Torquato em 13/09/2019
Reeditado em 14/09/2019
Código do texto: T6744527
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