S O M B R A S
Caminhos perdidos
elos apagados
uma janela sem tempo
esquecido num momento qualquer
num passado que insiste não existir
Percorro minhas memórias
uma alucinação que não tem fim
tentando encontrar parte de mim
perdida como a água entre os dedos
ou mesmo na brisa envolvida pelos ventos
Todos os dias são um adeus ao passado
nenhum resquício fotos amareladas
pergaminho com letras apagadas
caminhada na areia à beira mar
pegadas pelas ondas levadas
Triste, mas o que é ter saudade
desculpe se te esqueci num tempo
que ainda está vivo em sua memória
Resta-me o sonho e a poesia
descritos nos encantos que me contas
mas com certeza não lembrarei que os escrevi um dia