FADO SEM TI

Quisera entendesse a falta

Que, embora perto, ainda me faz...

Tamanhos tatos e hiatos que levam-me ao ápice da loucura.

Que ternura há no caos que me serve?

Quisera me ensurdecésse

E gritando ao mundo declarasse teu amor...

Quem sabe, então, não me contente apenas pequenos atos?

Uma foto...

Um toque...

Um nome...

Um abraço?

Quisera a absoluta minha forma de amar

Fosse-te não só comum... talvez recíproca

Que de detalhes me afogásse... estes tais que ninguém (talvez eu) percebe

E me amasse...

Me adorasse...

Ou só me calasse com algum gesto, não só meu, de amor.

Quisera não me fosse de pena meu travesseiro

E lhe tivesse perpétuo aqui...

Notórias fossem não as tuas palavras, mas os gestos, mesmo que singelos, devotados por amor a mim.

Diogo Acrizio
Enviado por Diogo Acrizio em 09/03/2019
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