AO AMIGO JÔNATAS
Tu e teu exército lutardes bravamente,
mas a peleja foi esmagando cada valente.
Aos teus inimigos não resististe,
e sobre os montes caíste!
Por mim intercedeste, pra minha vida preservar.
No teu ombro, encontrei lugar para descansar!
Quando eu me queixava dos meus ais,
me escondias, pra que não me alcançasse
a ira do teu pai.
Eu me fortalecia em nossas alianças.
Era Testemunha o Deus de Israel!
Desarmavas o inimigo cruel,
e desviavas as venenosas lanças!
Garantiste-me que ninguém me maltrataria.
E a Paz do Senhor, eu abraçaria!
Agora estou muito angustiado,
porque o teu coração está despedaçado!
Jônatas, angustiado estou por ti!
Como foi a tua queda, eu ouvi.
Ah! Se agora comigo estivesses;
o teu amor superava o das mulheres!
No teu lugar, queria ter tombado.
E da morte ter-te livrado!
Da minha alma sai esta triste canção...
Ninguém consegue ouvi-la, meu amado irmão!
(Baseada no Segundo Livro de Samuel 1.25b-26)
Adaptação de Gabriel Eleodoro.
Rio de Janeiro, 30 de agosto de 2005.