Perto do fim
Estava lá...
Parado, olhando as rosas do meu jardim
Sempre admirado
Que flor tão bela
E enfim a alma fala tentando acalmar o espírito
...Não posso gritar com ela!
As verdades tão expostas
As palavras tão mau ditas...
malditas!
Como se a paz fosse tirada injustamente diante dos teus olhos.
Não posso gritar com ela!
Mais uma vez vibra a carne e sussura a alma.
Mais a calma vai embora!
Vai embora...de dentro de mim
Parte minha quer tacar os vasos no chão um a um!
Mais não posso gritar com ela!
Estou de costa para o jardim e a alma se trinca... Se racha... e em pedaços se faz em cinzas.
Não posso gritar com ela!
A verdade ja foi dita!
A roseira aida está intacta.
Mais de vários ramas há apenas uma rosa
Para tantos espinhos a sua volta!
Espinhos que nascem de dentro de ti...
Eu queria gritar para que isso não acontecesse
Mais não posso!
Não posso gritar com ela.
Até por que não por mais que eu gritasse a verdade...
Não faria sentido!
Pois as rosas são surdas!
Essa é a essência da verdade.
Só não posso mais cultivar esse jardim.
Pois as mesmas raizes que sustentam
Também sufocam!