Fim...
Eram as manhãs de Outono e seus tons de marrom,
e as folhas secas em vermelho vivo, em chamas.
Essa era a última chance de voltar ao céu,
sem mais este pecado.
Aquilo era abrir mão,
e entender o corpo cansado,
a mente perdida,
e a alma vencida.
Enterrar no passado os vestígioa
das ilusões de outrora
e abrir caminho para novos passantes.
Vagantes que nunca existiram,
deixavam ao chão as asas, agora, feridas.
Almas que jamais se pertenceram
e traziam a tona o silêncio tomado por correto.
Um lampejo,
feito eco fraco de memória,
que se apagava no vento.
Promessa frívola aos olhos da morte
que no peito sabia - se ser para o "bem maior".
A felicidade jazia velada,
descendo inerte a triste sepultura.
Enquanto a canção soava dramática,
optando pela servidão de temida senhora, a Vida.
O fim se achegava com mansidão,
as vistas do caloroso Verão.
O fim se aproximava e de dois corpos intactos ao tempo,
calava a última oração...