Vaga lembrança
Em figuras, soltas, que passam, lembro-me do tempo
Jamais perdido ,e entre meios, jamais vivido
O saborear do princípio
Que se estende até o remate
Um desconhecido espaço
Que outrora era grande e outrora menor
Mais tarde, decorado e gravado
O entardecer esplêndido do verão quente
O correr calmo e despreocupado
Clama nostalgia no peito
Entristece o corpo obstruído
Empoeirados costumes abandonados
Em caixotes emprestados
Doados de má fé e dívidas
Lembranças vividas, hoje contatas
Nostalgia do tempo, lembranças amarguradas
Eu lembro, do tempo, se bem lembro
Infelizmente, eu só lembro somente do tempo