O MENDIGO
Sempre sentava- me em tua esquina...
Vagabundo e maltrapilho ali sentava.
Já sem endereço, e esquecendo a identidade.
Minha naturalidade era ficar ali a granjear.
Mas, o que granjear? Vagabundo e maltrapilho!
Mandigava dia e noite. Sempre na mesma esquina!
De fome já desfalecia... Quanta agonia!
De sede! Nem quero te falar.
Os delírios vinham me afogar. Que completa agonia!
Que vida miserável! Fui me apaixonar...
Tornei- me um indigente.
Um vagabundo carente de migalhas agora sou.
Um mendigo de amor!
Mas, nunca é tarde. Cai na realidade.
Vou parar! Me recuso a mendigar...
As migalhas de teu amor, não vou mais catar.
Vou tentar me reabilitar. Mas, só posso conseguir...
Encontrando um novo amor.