CONDENAÇÃO INOCENTE - Poesia nº 66 do meu quarto livro "ECLIPSE"
A cada hora, engulo um sorriso e desespero a sorte,
Mas quem entra na porta da esperança sou eu, sim,
Até acompanhado da ilusão, que morta, me seguiu.
E a sorte, me come um terço rezado antes da morte,
E o isolamento, me assiste como me desse seu fim,
E entre as culpas da injustiça esse meu mundo ruiu!
Antes que me traga manso e eterno descanso, a cova,
Digo que: Fui a linha costurada na medida deste medo.
E aos olhos do alheio julgamento, já corcunda de idoso,
Faz um bom tempo, que ele, pela crueldade, é desova...
Já me disseram que a pena, é a razão para o degredo,
Mas, o que provam mentiras se não sou um criminoso?
Fui judiado como tantos outros moribundos da vida,
Por absurdas falhas que também vestem seus olhos...
Seria destino esse erro, pela fatalidade que me feriu,
Ou a pecaminosa e incerta face, da minha despedida?
Não é totalmente cega a justiça, porém usa antolhos,
Sem poder ver o lado realista da verdade que existiu!
E meu coração em mágoas, destrói-se na condenação,
Rabiscando na cela, meus dias de tristezas absolutas.
Nem mesmo a fé salva-me da forte dor em juramento,
Que dentro de mim (inocente), é tido como aberração
Ante a sociedade, onde só valores e bens são disputas,
Sem saberem que na válida retidão, há o salvamento!
Eduardo Eugênio Batista
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