VIDA EM CRUCIFIXO - Poesia nº 44 do meu quarto livro "ECLIPSE"
Punições imerecidas lá do íntimo execradas,
Na angústia que prendo neste grito demente;
Mais que a dor, assim do choro - já clemente,
Arfa o meu peito com mãos ao céu elevadas!
Oh, tu miséria! Que é a lástima amaldiçoada,
Desta identidade que me foi imposta, errante,
És também a amargura que se foi lá distante,
Acompanhada da honra que me foi roubada!
Ao nosso senhor Deus, sou eu sim, temente.
E infeliz no sofrer calado, que antes inocente,
Do impiedoso crime, tive uma sina marcada!
E das torturas do inimigo, tornei-me bandido,
Carrego o peso e castigo no coração sentido,
Onde o eu feliz, perdeu sua vida, crucificada!
Eduardo Eugênio Batista
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