Tão cedo...
Trouxeste graça e compaixão antes adormecidas;
Emoções dúbias, agora genuínas.
Tuas estranhas brincadeiras animavam
As faces carrancudas.
Mesmo em torpor trazia alegria pueril.
Deixaste em todo canto
Lembranças de um carinho incompleto,
Um afago rápido.
Quando a dor o tocou lancinante
Gemidos não cessavam.
Vasculhando pelas úmidas entranhas
Envergonhado de si, não chamava ninguém,
Seguindo em silêncio o rastro do sofrimento.
A tortura dos teus passos não escondem
Tamanha agonia indefinível.
Olhos que procuram a benevolência
Só enxergam a vida se esvaindo.
Clama auxílio aos ouvidos ignaros;
Um conforto renegado!
No âmago humano o amor novo aí incrustado,
Insuficiente ao teu chamado,
Estará preservado para ti.
Mas poderia ter ficado aqui, um pouco mais...
(23/11/2014)