Lágrima

Cai a lágrima,

Cai o carinho prometido.

O homem julgo apaixonado ignora

Sem nenhum pranto

Com coração apagado,

Amargo,

Que promete o mundo

Arquiteta os sonhos

E prova da pobre alma bela,

Que da sua inocência

Destruída por um falso poeta,

Com os olhos tribulosos

E sem entendimento.

Será que ainda existem Caetanos?

Gentis e carinhosos.

Ou Nerudas?

Amorosos e amantes de sorrisos.

Hoje eles se esgotam,

Catequizados à grossura

Tornam-se secos,

Machos,

Transformam o ser mais belo criado

Por uma luxúria objetificada,

Que atenda seus necrosos desejos.

O elegante se tornou rústico,

De mim, apenas o pranto.

Cai a lágrima,

Cai a vida.

Índio Francês
Enviado por Índio Francês em 21/11/2016
Código do texto: T5830769
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