Lágrima
Cai a lágrima,
Cai o carinho prometido.
O homem julgo apaixonado ignora
Sem nenhum pranto
Com coração apagado,
Amargo,
Que promete o mundo
Arquiteta os sonhos
E prova da pobre alma bela,
Que da sua inocência
Destruída por um falso poeta,
Com os olhos tribulosos
E sem entendimento.
Será que ainda existem Caetanos?
Gentis e carinhosos.
Ou Nerudas?
Amorosos e amantes de sorrisos.
Hoje eles se esgotam,
Catequizados à grossura
Tornam-se secos,
Machos,
Transformam o ser mais belo criado
Por uma luxúria objetificada,
Que atenda seus necrosos desejos.
O elegante se tornou rústico,
De mim, apenas o pranto.
Cai a lágrima,
Cai a vida.