Sombra de mim

Sombra em mim

Num toque do destino

Do nada um gosto amargo

Tomou minha boca impregnando

Toda minha alma

Destruindo os sonhos daquele menino, veio com muita força

Com tanta violência que arrancará o sorriso da minha boca

Onde um dia habitará alegria

Hoje divide espaço à tristeza e à melancolia

Jas nem lágrimas há no seu rosto

Às vejo mais creio que à fonte secará de tanta desilusão

E maldade sofrida por seu coração

Açoitado pela mazelas dessa vida

Diante da platéia que apludem

Felizes e até excitam-se diante desse

Show de mutilação onde o carrasco

Da vida orgulha-se pelo prazer

De a cada açoite, pedaços de carnes

Serem arrancados desse pobre ser

Escorre sangue suor mais nenhuma

Lágrima mais caem daquele que

Apanha olha de lado pensa

Qual foi o meu pecado pra

Merecer tanta maldade

Meu desejo agora era só perecer

À tristeza toma minha alma

Essa sombra dentro de mim

Nem forças tenho mais

Por que à morte sobre

A minha carcaça não recai

Será mesmo a falta de sorte

Que no sorteio da morte

Esse moribundo nem mesmo

Lá algo de bom em mim

Nem sirva pra seduzir

À maldita morte pra findar

Toda essa minha odisséia de terror

Que nessa vida nem lembro de fato

Como realmente começou

Vem a mim maldita

Olha contempla às chagas abertas

Desde o corpo até à alma ferida

Venha morte acaba o sofrer

Deste ser maldito aqui nesse

Mundo talhado a perecer

Quem sabe com um abraço

Da maldita essa dor finda

E toda dor do mundo

Do meu mundo à sombra de mim

Em paz esse moribundo possa

Apenas morrer...

Ricardo do Lago Matos

Ricardo Matos
Enviado por Ricardo Matos em 13/11/2016
Reeditado em 02/04/2017
Código do texto: T5821848
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2016. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.