MEDO DE TER MEDO
As vezes me bate um medo de buscar-me
E conhecer-me a mim mesmo,
Confrontando-me com aquele que afasta e dispersa,
Aquele que traçou o seu rumo ao caminho da solidão,
E que esconde-se como sombra, atrás de um solitário eu,
Que por sua paga, ganha o destino moldado de tuas mãos.
Neste confronto sei que sairei a perder,
Pois nunca soube de sombra com coração,
Mas tenho o meu pulsante,
Inda que neste corpo abatido,
Por lutas infundas,
Mas de desejo triunfante.