Deixe meu cabelo em desalino
Pois minhas ideias estão ao vento
Flanando
Flutuando entre concreto e o abstrato
Não quero amarras
Não quero o cais
com a segurança escorregadia
de não poder navegar e se perder
no infinito mar...
Não quero ter raízes
Profundas ou rasas.
Ou razões suficientes ou etíopes.
Quero ter essência.
Quero ter mistérios e paradoxos.
Mas, sobretudo a decência de
ser humano até a última gota.
Até a última lágrima.
O último grito ou fonema
que expresse, que extravaze
toda alma que carrego.
Não me coloque em molduras.
Nem em prateleiras.
Eu não estarei lá.
Meu espírito é livre.
Foge de todos os cativeiros.
Engana a todos sequestradores
E quando pensam que está finalmente cativo
e submisso.
Sai flanando pelas janelas,
pelas frestas.
Por simbioses mestiças
que enganam a visão.
Ou por teatralidades contemporâneas.
Não me rotule, por favor.
Não me esfregue seus preconceitos
como se eu pudesse acreditar neles...
Ou como você pudesse realmente crê-los
Tudo não passa de uma farsa.
Finjes tão completamente
Na perfeição inverossímil.
No retrato que só reflete o olho de quem vê.
Mas, não enxerga
Não passa da superfície.
Sintética e barata.
Deixe-me em desalinho.
Deixe-me em paz.
Permita que eu seja o que sou...
apesar das convenções sociais.
Se ainda assim,
eu não for útil...
Pelo menos fui autêntica.
E não uma falsificação
bastarda procurando
a identidade num
cartão postal.
Pois minhas ideias estão ao vento
Flanando
Flutuando entre concreto e o abstrato
Não quero amarras
Não quero o cais
com a segurança escorregadia
de não poder navegar e se perder
no infinito mar...
Não quero ter raízes
Profundas ou rasas.
Ou razões suficientes ou etíopes.
Quero ter essência.
Quero ter mistérios e paradoxos.
Mas, sobretudo a decência de
ser humano até a última gota.
Até a última lágrima.
O último grito ou fonema
que expresse, que extravaze
toda alma que carrego.
Não me coloque em molduras.
Nem em prateleiras.
Eu não estarei lá.
Meu espírito é livre.
Foge de todos os cativeiros.
Engana a todos sequestradores
E quando pensam que está finalmente cativo
e submisso.
Sai flanando pelas janelas,
pelas frestas.
Por simbioses mestiças
que enganam a visão.
Ou por teatralidades contemporâneas.
Não me rotule, por favor.
Não me esfregue seus preconceitos
como se eu pudesse acreditar neles...
Ou como você pudesse realmente crê-los
Tudo não passa de uma farsa.
Finjes tão completamente
Na perfeição inverossímil.
No retrato que só reflete o olho de quem vê.
Mas, não enxerga
Não passa da superfície.
Sintética e barata.
Deixe-me em desalinho.
Deixe-me em paz.
Permita que eu seja o que sou...
apesar das convenções sociais.
Se ainda assim,
eu não for útil...
Pelo menos fui autêntica.
E não uma falsificação
bastarda procurando
a identidade num
cartão postal.