ADEUS AMADO

Oh, meu amado,

Por que me deixaste?

Não imaginavas a dor que ora desatina?

Ou no teu seio, rosa pequenina,

Desististe por não aguentar a dor de viver?

Não vês agora as águas que ainda brotam,

Dos mananciais que carrego na face?

Ou te calaste no mundo onde habitaste,

Por não saber quais cenas te apavoravam?

Por que, oh, meu amado,

Tão cedo saíste do refúgio?

Era a espera inútil ao teu orgulho,

Ou o teu tempo era a quem do imaginado?

Ainda vês quando em devaneios te carrego?

Ainda sentes quando, em vão, a ti socorro?

Ainda vê quando tua mãe te faz consolo?

Ainda ouves minha voz enquanto espero?

Oh, meu amado,

De quantos nomes te chamei na madrugada?

Nas noites frias esperando teu abraço,

Ainda beijo tua face iluminada.

Adeus amor, adeus paixão,

Com o peito cheio de amargura eu me despeço.

Com todos os nomes que te dei no tempo certo.

Num pote frio eu me desfaço da ilusão.

Yuri Lucchesi
Enviado por Yuri Lucchesi em 05/01/2016
Código do texto: T5501599
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