Para aquela, que de mim se esquece
E eu que conheço a quem sirvo,
dobro-me em cuidados, buscando as palavras,
fazer-me entender dispensa pretextos,
imagens que morrem ressuscitam pesares.
Não sou de todos os lugares,
mas prezo o que me enaltece.
E eu que fomento a ilusão,
rompo temores numa coragem intensa e oculta,
parto princípios fecundos, desfeito em finais.
Recrio fantasias, que flutuam nos ares,
ainda sou aquele que ergue altares
para aquela, que de mim se esquece.