VELHO AMIGO

Mexendo na memória,

Vestígios, coisas da aurora,

Cascavilhando atônito,

A cem todos os neurônios.

Sobrou muito, sobrou pouco,

De um exército que se foi, faltou fôlego.

Um telefone desconexo e o teu largo sorriso,

Esperança é o que se tem no sumiço.

Cadê o Boca?

Sumiu ninguém viu...

Pior, eu nem pedi desculpa,

Naquela história absurda!

Que é isso! A galera toda debandou,

Acho que é normal, cada qual no seu voo.

Poxa e por que tantos planos?

Faz parte para sair do ninho com ânimo.

Cadê a Bárbara?

Na regra sumiu, alguém falara,

Faz tempo não se dá conta,

Quando se vê, foi-se, vida atônita.

Cada lembrança nos envolve,

Quer se apalpar não dá mais, entorse,

Algumas tão boas,

Outras nos empurra abaixo, à toa.

Ontem vi alguém, sinalizei,

Não deu, seu status lhe blindou, bem sei!

Outra indiferente, quase me morde,

Bem sei, só amigo resiste ao que o tempo explode!

Omar Botelho
Enviado por Omar Botelho em 08/12/2015
Reeditado em 11/12/2015
Código do texto: T5474168
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