VELHO AMIGO
Mexendo na memória,
Vestígios, coisas da aurora,
Cascavilhando atônito,
A cem todos os neurônios.
Sobrou muito, sobrou pouco,
De um exército que se foi, faltou fôlego.
Um telefone desconexo e o teu largo sorriso,
Esperança é o que se tem no sumiço.
Cadê o Boca?
Sumiu ninguém viu...
Pior, eu nem pedi desculpa,
Naquela história absurda!
Que é isso! A galera toda debandou,
Acho que é normal, cada qual no seu voo.
Poxa e por que tantos planos?
Faz parte para sair do ninho com ânimo.
Cadê a Bárbara?
Na regra sumiu, alguém falara,
Faz tempo não se dá conta,
Quando se vê, foi-se, vida atônita.
Cada lembrança nos envolve,
Quer se apalpar não dá mais, entorse,
Algumas tão boas,
Outras nos empurra abaixo, à toa.
Ontem vi alguém, sinalizei,
Não deu, seu status lhe blindou, bem sei!
Outra indiferente, quase me morde,
Bem sei, só amigo resiste ao que o tempo explode!