Ao humano de bem

Um dia haverá justiça neste mundo

E nenhuma lágrima será posta de lado

Pelos cultos que se dizem empáticos

Pelo santo que ao condenado, é sádico;

Por aquele que faz o diferente, escravo.

Ah, e a natureza fará música outra vez

E não serão mãos dadas, toda vida abraçarão

Para construir um lar a tudo que vive

E foi esquecido pelo mundo em que estive,

Se redimirão por aquele que matou em vão.

Quisera eu este mundo conhecer, senti-lo

Ao menos ver meus semelhantes lutarem pelos seus

Que são todos os que como você, não só sabe

Mas sonha, sofre, quer, sente o que a vida vale

Mas que pelo crime da inocência foram feitos réus

E a realidade será triste história

E finalmente todas as lutas findarão

E as diferenças finalmente serão esquecidas

E o que há de comum em todas as vidas

Fará os filhos da Terra de novo irmãos.

Mas hoje, pedem-me apenas o impossível

O silêncio de quem é a voz dos injustiçados

Que eu aprenda a de bom grado aceitar

Ver aquele que amo, por egoísmo, matar

Quem teve seu amor e liberdade roubados.

Mas se sonham, sonham porque há aqui a beleza,

Pois ainda que aos teus olhos não pareça

Não são poucos os que sonham com tal sinceridade

Porque cada ser que sonha, já viveu a liberdade

E com humildade não vê em si a maior riqueza.

Este poema defende explicitamente o veganismo

Daniel Reis
Enviado por Daniel Reis em 06/12/2015
Reeditado em 23/04/2016
Código do texto: T5472217
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