Ao humano de bem
Um dia haverá justiça neste mundo
E nenhuma lágrima será posta de lado
Pelos cultos que se dizem empáticos
Pelo santo que ao condenado, é sádico;
Por aquele que faz o diferente, escravo.
Ah, e a natureza fará música outra vez
E não serão mãos dadas, toda vida abraçarão
Para construir um lar a tudo que vive
E foi esquecido pelo mundo em que estive,
Se redimirão por aquele que matou em vão.
Quisera eu este mundo conhecer, senti-lo
Ao menos ver meus semelhantes lutarem pelos seus
Que são todos os que como você, não só sabe
Mas sonha, sofre, quer, sente o que a vida vale
Mas que pelo crime da inocência foram feitos réus
E a realidade será triste história
E finalmente todas as lutas findarão
E as diferenças finalmente serão esquecidas
E o que há de comum em todas as vidas
Fará os filhos da Terra de novo irmãos.
Mas hoje, pedem-me apenas o impossível
O silêncio de quem é a voz dos injustiçados
Que eu aprenda a de bom grado aceitar
Ver aquele que amo, por egoísmo, matar
Quem teve seu amor e liberdade roubados.
Mas se sonham, sonham porque há aqui a beleza,
Pois ainda que aos teus olhos não pareça
Não são poucos os que sonham com tal sinceridade
Porque cada ser que sonha, já viveu a liberdade
E com humildade não vê em si a maior riqueza.
—
Este poema defende explicitamente o veganismo