EM UM LUGAR QUALQUER

(Sócrates Di Lima)

Nas tardes...

...que remontam meus tempos,

Velejo num mar sombrio.

Sentado à proa,

minh`alma prova...

Saudades....

O vento roça a tez,

Mostrando o vazio,

que a tristeza renova!

outra vez....

Olho às águas no seu remanso,

traz-me nostálgicas lembranças,

velhas bonança,

vividos outrora,

Aonde reside a aurora,

quando a alma grita,

na saudade de alguém...

...mas, quem!!!

Não sei,

Talvez você mulher....

que me lê...

em um lugar qualquer.

Talvez, ainda, se lembra de mim,

E se você crê,

É possível esta saudade,

que invade,

ser de você.

Mas, onde está teu corpo?

Onde está tua alma?

Onde está o teu pensamento,

os teus desejos!!!

Se não for em mim,

assim...

não é você.

Talvez outro alguém!

que por certo me vê...

nas entrelinhas dos seus pensamentos,

Talvez...talvez...talvez...

E, o que importa,

É que quando a tarde volta,

Em algum lugar do meu tempo,

Vejo-me à espera,

de tudo...

ou de nada....

porque você nunca esteve aqui,

Ali, mais, acolá....

em volta da minha alma...

Disse-me um dia que me amava,

Mas, se esqueceu de me amar,

no tempo,

na espera!

E eu talvez,

acreditei...

Não sei!

E mesmo que eu soubesse,

não a vi aqui nos meus braços,

nem bebendo na minha boca,

o vinho que teve vontade de tomar,

ou, talvez, no laço,

que quis me abraçar...

E hoje, passado o tempo,

já sem muito tempo,

nem sei se tem mais vontade de mim,

ou eu de você!

E porque!

Não sei...

o destino,

talvez!

E assim,

Em mim,

sozinho como eu quis...

assim me fiz...

E por certo,

nos meus mares,

nos meus desertos,

em tantos lugares,

faço minhas tardes,

tristes...

No Eu...talvez.

Socrates Di Lima
Enviado por Socrates Di Lima em 30/09/2015
Reeditado em 05/10/2015
Código do texto: T5399421
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