Um corpo na lágrima
Lá está meu eu-lírico a boiar
no curso argentado
de tua lágrima:
delicada torrente
de um ínfimo rio
a correr por teu rosto
descorado.
Não é deveras um corpo,
dizem sê-lo apenas
figurado.
Mas, lastimo mesmo assim
por assim vê-lo imóvel, impotente...
afogado!