Verbos desnecessários: Então silêncio....
uma música antiga..
uma balada antiga me embalando...
eu perdida em mim mesma,
mergulhada em sonhos perdidos na retina desconexa.
Apenas o som..
o coração doendo..
um resto de dignidade à procura de si mesma...
Mais dor, ainda....
Escolhemos o mesmo dia pro coração bater:
jorrando sangue.
E ao mesmo tempo que distribui a vida pras artérias..
derrama a vida ardente e ardida no cérebro perdido...
Damos as mãos pros nossos sorrisos ao avesso...
Damos as mãos, apenas,
pro nosso silêncio...
e calamos o peito às mágoas
pra nos deixarmos sentir, perto....
Dia desconexo.
Na verdade vida incontida, sequiosa de reparos...
Na verdade reparamos, não consertamos tudo ainda...
Mas você está.. perto.
Dias-sintonia....
energias-verso doloridas,
mas ainda...
pertos!
Pertos mais-que-geograficamente - longes....
Love of my life... the song ringing
e eu deito no seu ombro:
me deixo chorar, apenas....
pranto convulsivo, como os de sempre, que você desconhece....
Meio-sorriso.
A cabeça assente que sim..
Abraço:
verso..
verbos desnecessários, peito...
apenas colo,
versos..
beijos lacrimejantes,
beijos de afeto incondicional....
Nossas dores íntimas, enfim, se encontram:
como nossos poemas mais antigos...
dizendo que mesmo assim, tristes
somos dois-um pedaços de um todo-verso...
Vidas.
Amantes...
Enamorados...
mais ainda:
Cúmplices!
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abraços e beijos..
tendo um tempim:
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