Braços.

Onde vais de carinhos dourados,

Se o destino é puro bronze,

Sobre as águas dos lençóis,

Quero lhe dizer tantas palavras.

Frio nefando o tempo incrédulo,

Esta dura sensação da morte,

Querendo amanhecer comigo,

E se abrindo na minha janela.

Ó, vida que em teus braços vivo.

Neste leito, me perfumo amante;

Olhai, os desejos dos meus lábios.

Suave, de algodões macios,

Este, tempo cruel, é o meu ferimento!

Na minha alma, lateja em dilema.

Ednaldo Santos
Enviado por Ednaldo Santos em 30/07/2015
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