Braços.
Onde vais de carinhos dourados,
Se o destino é puro bronze,
Sobre as águas dos lençóis,
Quero lhe dizer tantas palavras.
Frio nefando o tempo incrédulo,
Esta dura sensação da morte,
Querendo amanhecer comigo,
E se abrindo na minha janela.
Ó, vida que em teus braços vivo.
Neste leito, me perfumo amante;
Olhai, os desejos dos meus lábios.
Suave, de algodões macios,
Este, tempo cruel, é o meu ferimento!
Na minha alma, lateja em dilema.