SEM RUMO

SEM RUMO

Psalm Snazalack

As vezes me vejo

Sem nenhuma razão

Para continuar.

Em muitos momentos,

Até penso que estou

Respirando o oxigênio

Que uma outra vida

Poderia respirar.

Passo os dias contemplando

E dialogando com o vazio

Do interior do meu ser.

As minhas lembranças.

Em certos momentos

Me fazem sorrir.

Porém é constante

Que outros motivos (...)

Me fazem chorar.

Olho para o teto

Noto a impossibilidade

De que algum dia eu possa voar.

Olho para os lados

E não sei para onde ir.

Minha vida é espera constante.

Porém,

Nem eu sei o que estou a esperar.

Meu telefone está mudo.

Não tenho alegria.

Meu único consolo

É pensar que um dia,

De um jeito ou de outro,

Tudo vai acabar.

Até reconheço

Quando lá, bem distante

Muito eu vacilei.

Apenas em confiar (...)

Confiei, me iludi,

Hoje apenas vegeto...

Porque se esqueceram

De me avisar

Que no mundo não existe

Nenhuma razão

Para eu continuar (...)

“JAMAIS CONFUNDA O POETA COM A SUA OBRA”

(POPE - 1688 - 1744)" - Epistola II -)

23/5/2015