Desenganos.

As rosas pretas ao decompor saudade,

Este espírito que ata-se espantado,

Dos céus desce como um pássaro,

Fecunda a alma na cova espiral.

Embora haja dos infernos astrais,

Senhor me labirintas das entrelinhas.

Nos passos da morte, és tu a verdade.

Pois tem o clama neste prego fundido.

Às vezes caem do abismo ardiloso,

Traga a luz sobre este solo,

Aos recantos dos céus em suas façanhas.

Nesta aurora que griva o espaço,

Nas seivas das lágrimas entre desenganos!

Cá verei o nascer do seu espinhaço.

Ednaldo Santos
Enviado por Ednaldo Santos em 29/04/2015
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