Arquiteta em silêncio sua morte.
Assiste pacientemente
ao funeral (de todos) ....
E nos remete à toda
nossa culpa, desengano
ou desídia.
O suicídio é gestor do próprio ciclo
É questionador que não suportou
a dúvida.
E nem o rito de fotografar
Em preto e branco
o colorido extinto da vida.
E, desliga o flash,
E queima o negativo.
O suicida é anti-histórico
Anti-heroico.
É o poeta que não terminou a escrita,
Deixou rastros, vestígios
e manchas de tinta
vermelha de sangue impecável.
Por conta de sua língua ferina
Vituperino: olha e mira.
O suicida não é pessoal,
Não é profissional,
Não é confessional.
E, nem político.
Não contemporiza.
A vida lhe incomoda,
e é só isso.
E, assim decide sair à francesa.
Pardon...
Com perdão implícito retira-se pela
Vida noves fora.