Laranjais,
Laranjais,
Era assim mesmo surdo, preso,
As tranças das portas fechadas,
Amarguradas, enferrujadas,
E nada fazia, nem nada mudava,
E a vida tocava o mesmo barulho,
Chamava, teimava, insistia,
E cada minuto que contava,
Cobrava a minha existência ,
E todo zumbido daqueles dias,
Não me traziam de volta,
Com a cor do sorriso,
Que passava no meio,
Dos laranjais passados,