Nem de mim
E ao olhar no espelho vejo meu rosto desfigurar.
Rútilo semblante de confusos espirais.
Caracóis, castiçais sobre a mesa de jantar
Entediante à luz amarela sombreando meus traços.
Pratas ofuscadas pelo olhar clemente,
Ausente de um doente.
De ações limitadas e confusas,
De ruas estreitadas e miúdas.
As distâncias que se prolonguem
E tornem mais árdua a ida,
A subida, a descida, a saída...
Não reconheço o que vejo. Não vejo.
Tantas indagações sem soluções...
Tantas reuniões sem patrões...
Tantas horas de aflição sem minha mão...