Nem de mim

E ao olhar no espelho vejo meu rosto desfigurar.

Rútilo semblante de confusos espirais.

Caracóis, castiçais sobre a mesa de jantar

Entediante à luz amarela sombreando meus traços.

Pratas ofuscadas pelo olhar clemente,

Ausente de um doente.

De ações limitadas e confusas,

De ruas estreitadas e miúdas.

As distâncias que se prolonguem

E tornem mais árdua a ida,

A subida, a descida, a saída...

Não reconheço o que vejo. Não vejo.

Tantas indagações sem soluções...

Tantas reuniões sem patrões...

Tantas horas de aflição sem minha mão...

Valter Pereira
Enviado por Valter Pereira em 31/05/2007
Código do texto: T508678
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2007. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.