Eis que é chegada a hora.
O momento crucial
de não mais existir.
Não respirar.
Não ofegar.
Não sofrer de dores múltiplas.
Não insistir em acreditar.
Não resistir
contra inércia anestésica.
Eis que é chegada a hora.
Do desenlace.
De soltar as amarras.
E sair do cais, lentamente.
Tropegamente.
Com o vagar das ondas.
Com os ventos alisando
nossos rostos.
Como se fossem as últimas carícias.
Eis que não é possível adiar.
Retardar os planos e as intenções.
Não há mais tempo para
beber o elixir da eternidade.
O eterno é passageiro e enganador.
São reticências.
Entrelinhas.
Significados cifrados
em mensagens secretas.
São bordados sobre a pele
com a agulha da angústia.
Eis que precisamos ir.
Não se sabe para onde.
Não se sabe porquê.
Não se sabe de nada.
Há uma ignorância venenosa.
a circular pelas veias.
Há uma indecência discreta.
em nosso egoísmo tácito.
Escrever é forma de se
despedir.
Dizer adeus com
aceno poético
de um lirismo bizarro.
O momento crucial
de não mais existir.
Não respirar.
Não ofegar.
Não sofrer de dores múltiplas.
Não insistir em acreditar.
Não resistir
contra inércia anestésica.
Eis que é chegada a hora.
Do desenlace.
De soltar as amarras.
E sair do cais, lentamente.
Tropegamente.
Com o vagar das ondas.
Com os ventos alisando
nossos rostos.
Como se fossem as últimas carícias.
Eis que não é possível adiar.
Retardar os planos e as intenções.
Não há mais tempo para
beber o elixir da eternidade.
O eterno é passageiro e enganador.
São reticências.
Entrelinhas.
Significados cifrados
em mensagens secretas.
São bordados sobre a pele
com a agulha da angústia.
Eis que precisamos ir.
Não se sabe para onde.
Não se sabe porquê.
Não se sabe de nada.
Há uma ignorância venenosa.
a circular pelas veias.
Há uma indecência discreta.
em nosso egoísmo tácito.
Escrever é forma de se
despedir.
Dizer adeus com
aceno poético
de um lirismo bizarro.