Aos pedaços...

Em meio a sentimentos em escombros

O silêncio se manifesta com assombros

Por não suportar sobre seus ombros

O peso imposto por teus gestos em fúria,

Incúria...

Já são muitos os dias de mãos separadas,

O vazio atravessa o frio das madrugadas

E faz perpetuar que estão caladas

As vozes que entoavam do amor o canto,

Pranto...

Atravessei séculos navegando mares de emoções,

Percorri mundos enfrentando as ilusões,

Porém naufraguei a mercê de decepções...

Sinto-me sentenciado a tê-la nunca mais,

Jamais...

Como explicar o que não tem explicação,

Como vou viver se não tenho coração...

A saída é me agarrar nas garras da ilusão

E crer que vou acordar desse sonho mal,

Medieval...

Talvez o tempo consiga vitória

E possa apagar da minha memória

Esse triste capítulo da minha história...

Talvez assim eu possa seguir meus passos,

Aos pedaços...