Esse saco de ossos e carne
com sentimentos, emoções e palavras
fonetizadas
entre monólogos e diálogos.
Gestos pausados e
estratégicos.
Como o pulo suicida
no meio do abismo.
Trocando gás carbônico por oxigênio.
Enchendo os pulmões desse lirismo
disperso.
Repleto de fuligens
Repleto de lembranças
decaídas e bêbadas
nas esquinas paradoxais.
Dizem que é vida.
Mas duvido.
Por vezes é apenas a existência,
é o jazer grudado a um substrato,
é um pulsar inconsciente.
Que o tempo todo nos trai.
E os pensamentos flutuam
para além das nuvens.
E caem ao entardecer
vermelhos de vergonha.
Esse saco de ossos e carne
moto contínuo de contradições
e paradoxos
de metáforas mirabolantes
e inflexões inverossímeis.
Que desenha o arco da promessa.
E une animais, vegetais e minerais
E na aliança vivente
sentimos a esperança
nos olhos das crianças,
no olhar pedinte dos vira-latas
no sorriso maroto da travessura.
E nos desvãos.
No espaço entre os trilhos do caminho.
Nos castelos de areia a desmoronar
diante da primeira onda.
E agitamos novamente o volume morto.
E nos damos a vida.
Com a mesma simplicidade que
matamos insetos.
E aspiramos pólens
sem ter direito a primavera interior.
com sentimentos, emoções e palavras
fonetizadas
entre monólogos e diálogos.
Gestos pausados e
estratégicos.
Como o pulo suicida
no meio do abismo.
Trocando gás carbônico por oxigênio.
Enchendo os pulmões desse lirismo
disperso.
Repleto de fuligens
Repleto de lembranças
decaídas e bêbadas
nas esquinas paradoxais.
Dizem que é vida.
Mas duvido.
Por vezes é apenas a existência,
é o jazer grudado a um substrato,
é um pulsar inconsciente.
Que o tempo todo nos trai.
E os pensamentos flutuam
para além das nuvens.
E caem ao entardecer
vermelhos de vergonha.
Esse saco de ossos e carne
moto contínuo de contradições
e paradoxos
de metáforas mirabolantes
e inflexões inverossímeis.
Que desenha o arco da promessa.
E une animais, vegetais e minerais
E na aliança vivente
sentimos a esperança
nos olhos das crianças,
no olhar pedinte dos vira-latas
no sorriso maroto da travessura.
E nos desvãos.
No espaço entre os trilhos do caminho.
Nos castelos de areia a desmoronar
diante da primeira onda.
E agitamos novamente o volume morto.
E nos damos a vida.
Com a mesma simplicidade que
matamos insetos.
E aspiramos pólens
sem ter direito a primavera interior.