NUNCA

Agora tudo faz sentido

Eu fui sempre reprimido!

E a minha depressão

Só não passa de ilusão!

Eu escrevo a realidade

Não, não vivo de verdade

Pois os vícios que criei

E que ainda vou criar

Não valem de nada a pena

Se não vou reinventar

A poesia já existe

E por mais que a gente pinte

Ela nunca será nossa

Mas que vida de bosta!

E por mais que eu esforce

A poesia se contorce

Ela nunca será minha

Ou só mais uma pira

E enquanto eu mentir

E não querer admitir

Que meu sonho não vou seguir

Jamais, plenamente, irei rir

E escrevo meus melhores versos

E por ser tão perverso

Uso a mesma fórmula que já conheço

Arthur Barbosa
Enviado por Arthur Barbosa em 26/09/2014
Código do texto: T4977046
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