CORAÇÕES DE VIDRO
Durma seu sono sem sonho,
Levitando por estrelas e lua,
Toda vaporosa, toda nua,
No céu azul marinho tristonho.
Este poema que eu componho,
É tristeza clara, é tristeza crua,
Com gemidos ecoando a rua,
Por um amor perdido que exponho,
E guardo em meu coração ferido,
Ah, corações de vidro, coração partido,
Implorando a Deus que não se zangue,
E não acenda no céu mais escuridão,
Porque trago no peito martelo de solidão,
E rachaduras que choram sangue.
Por Valéria Leobino